Tudo que você precisa saber sobre a cirurgia que corrige as ‘’orelhas de abano’’.
Muitas pessoas que possuem as chamadas ‘’orelhas de abano’’, ou seja, aquelas orelhas mais proeminentes, se sentem incomodadas com a condição, principalmente quando são crianças ou jovens. Em alguns casos, também podem acontecer deformações resultantes de acidentes ou traumas, má formação congênita e até mesmo insatisfação estética em relação ao tamanho ou forma das orelhas.
Quando esse incômodo passa a interferir na sua autoestima e qualidade de vida, o paciente tem a opção de realizar uma otoplastia, ou cirurgia de correção das orelhas para criar uma forma natural, que garante equilíbrio e proporção às orelhas e ao rosto.
O que é a otoplastia
A otoplastia é uma cirurgia com o objetivo de garantir melhora na aparência das orelhas, deixando-as mais harmônicas em relação ao rosto. Ela pode ser vista tanto como um procedimento estético, quanto reparador, porque corrige uma imperfeição associada a algum trauma ou má formação congênita.
Para indicar a otoplastia, o cirurgião deve avaliar o grau das alterações assimétricas e o quanto de incômodo elas trazem ao paciente, considerando também o impacto dessas características na vida pessoal, profissional e social.
No caso das ‘’orelhas de abano’’, a alteração é classificada de acordo com o grau de angulação das alterações, podendo ser leve, moderada e grave. A cirurgia busca tratar:
– Macromatia: condição rara que faz com que as orelhas cresçam demais;
– Orelhas salientes, que podem estar presentes em um ou ambos os lados;
– Insatisfação com a aparência das orelhas;
– Deformações;
– Insatisfação com uma cirurgia de correção de orelhas que não atingiu os resultados esperados.
Por meio desse procedimento também é possível reconstruir os lóbulos das orelhas, que podem ter sido rasgados devido um trauma, como o uso constante de brincos muito pesados.
Indicações da otoplastia
A cirurgia de correção é indicada em casos de assimetria na forma, no tamanho e na angulação, malformações congênitas ou deformidades pós-traumáticas. O foco é tanto estético quanto funcional, e o cirurgião preza pela forma das orelhas, pelo volume e pela posição, de modo que harmonize com o rosto do paciente.
O incômodo em relação às orelhas é o que determina a necessidade de otoplastia para corrigir casos de macromatia. Já nas malformações que possam causar algum prejuízo funcional às orelhas externas (cujas funções principais são captar e amplificar os sons), a cirurgia passa a ser algo necessário e além da questão estética.
Tanto para crianças quanto adultos, existem alguns fatores que podem contraindicar a realização da otoplastia, principalmente em casos onde o paciente tem predisposição a queloides ou cicatrizes inestéticas, precisa ficar exposto excessivamente aos raios solares, tem problemas de coagulação, diabetes, pressão alta ou cardiopatias ou sofre de alguma doença autoimune que pode afetar as cartilagens.
É importante ressaltar que no caso das crianças, o cirurgião responsável saberá dizer, depois de examinar as estruturas das orelhas, se a criança pode se submeter ao procedimento ou se precisa esperar mais um pouco para que o crescimento das orelhas se estabilize.
Como é feita a otoplastia
Normalmente, a otoplastia é feita com o paciente sedado e com anestesia local, e tem duração média de uma hora. A cirurgia deve ser realizada de preferência com um especialista da sua confiança.
O procedimento é realizado por uma incisão atrás da orelha, seguindo a dobra natural da pele, e através desse pequeno corte, é feita a retirada do excesso de pele e o ligamento da cartilagem, para que fique mais flexível.
Dependendo do caso, pode ser necessária a retirada de parte da cartilagem para diminuir o tamanho da orelha. A cirurgia é finalizada com pontos de fixação (geralmente, internos e absorvíveis). Os pontos têm a função de manter a nova anatomia da orelha e de fechar o corte.
Pós-operatório e resultados
O paciente vai precisar usar durante um mês, uma faixa de tecido compressivo, específica para casos de correção de otoplastia. Ele também precisa tomar cuidado para deixar a região da cicatriz sempre limpa e seca, o cirurgião passará todas as orientações que devem ser seguidas.
Durante o pós-operatório, a orelha poderá apresentar vermelhidão, inchaço e às vezes hematomas podendo também ter alterações na sensibilidade, mas tudo isso é transitório e vai melhorando com o passar das semanas. Com as crianças, os cuidados devem ser redobrados para evitar qualquer risco de trauma, aguardando uma semana para as voltas às aulas.
É importante ressaltar que cada caso e paciente são diferentes, por isso, as recomendações podem mudar, é fundamental prestar atenção no cirurgião que vai te orientar.
Os resultados são praticamente imediatos, podendo ser vistos assim que os curativos forem retirados, porém, o resultado definitivo pode ser notado após três ou quatro meses.
Se tiver dúvidas ou quiser saber mais detalhes sobre a otoplastia, pode agendar sua consulta!